O mercado imobiliário do Rio de Janeiro tem motivos de sobra para comemorar o desempenho das vendas de imóveis residenciais no primeiro semestre deste ano. Segundo dados do Centro de Pesquisa e Análise da Informação do Secovi Rio (Cepai), houve um aumento de 77,1% nas transações do período, em comparação a 2020. Nos bairros da Zona Norte,fo ram 6.629 unidades vendidas, com destaque para Tijuca (982), Ilha do Governador (473) e Vila Isabel (387).
As razões apontadas para esse desempenho são a ampla oferta de crédito,taxas de juros mais atrativas e acesso ampliado aos financiamentos, alémd as facilidades que as próprias construtoras estão oferecendo aos clientes. Essa conjunção de fatores, a despeito de a pandemia ainda não ter sido controlada, tem levado o mercado a viver seu melhor momento desde 2013.
— É hora de aproveitar! Os juros, apesar do viés de alta, são os menores observados na história recente dos financiamentos imobiliários, e os bancos estão oferecendo vantagens e aprovando a liberação de crédito com muita velocidade. Todo mundo está querendo fazer negócio — afirma o vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider.
Maior banco financiador de imóveis do país, que responde por 68% dos contratos, a Caixa está com uma taxa de juros que começa em 6,4% ao ano e pode chegar a 7,8%, dependendo do perfil do cliente, da renda e do valor da entrada.
A procura pelo financiamento imobiliário está tão acirrada que, em maio deste ano, foi registrado um recorde histórico para o período. Ao todo, o volume de recursos liberados para aquisição e construção foi de R$ 17,5 bilhões, totalizando 73,2 mil unidades financiadas, 195% a mais que em maio de 2020.
— Isso demonstra que as pessoas estão realocando seus orçamentos e priorizando investimentos mais conservadores, ligados à qualidade dev ida e ao bem-estar, o que está refletindo muito no mercado imobiliário.
No segmento dos imóveis mais econômicos, o grande atrativo é o financiamento com condições realmente excepcionais — analisa Schneider.